
Nos últimos dias do governo de Richard Nixon, na primeira metade da década de 1970, a RIAA (a Associação Comercial das Gravadoras Norte-Americanas) chegou à conclusão de que o acervo da presidência deveria incluir gravações sonoras, além de livros. Em 1973, a organização doou quase 2 mil vinis - em sua maioria, a seleção era dominada por artistas considerados "caretas", como Pat Boone e Carpenters. Em 1979, o produtor John Hammond organizou uma nova doação para tornar o acervo mais moderno.
"Eles sentiram que precisavam tratar de lacunas que podiam ter sobrado da primeira vez", diz Bob Blumenthal, crítico que foi incumbido de adicionar 200 discos de rock ao acervo. Enfim, em 1981, os LPs - cada um deles dentro de capa com o selo presidencial - foram presenteados ao então presidente Jimmy Carter. Um porta-voz de Obama disse que era cedo demais para comentar se o presidente retomaria ou não o acervo. Mas o novo presidente pode ficar feliz de saber que pelo menos alguns de seus álbuns preferidos - Blood on the Tracks, de Bob Dylan, Born to Run, de Bruce Springsteen, Rocket to Russia do Ramones - estão lá, para o caso de ele querer ouvi-los em vinil e em perfeitas condições.